#MATÉRIA DE CAPA

 

OBRAS DE ATERROS DE CONQUISTA: USO DE GEOTÊXTIL OTIMIZA A TÉCNICA

Custo-benefício e praticidade de aplicação estão entre as principais características dessa solução

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Inúmeros desafios são enfrentados por engenheiros geotécnicos ao projetar estruturas sobre solos moles, já que muitas vezes o solo local não possui capacidade de suporte para acesso ao local da obra, impossibilitando o trânsito de equipamentos e a instalação da infraestrutura inicial da obra.

 

Esses desafios incluem recalques intoleráveis ao tipo de construção, grandes pressões laterais e movimentos, e instabilidade local ou global. Solução eficaz para obras de aterros de conquista, com o uso de geossintéticos a retirada de uma determinada espessura de solo, na maioria das vezes, não se faz necessária.

 

“Quando é preciso avançar sobre uma área com solos moles, se torna necessário o uso de um elemento de separação para evitar a mistura do solo a ser lançado com o solo de fundação. Quando utilizado um geossintético adequado para esta função de separação, se torna possível a trafegabilidade de equipamentos pesados sobre o aterro, desde que esse material possua também uma resistência à tração adequada”, explica Vinicius Benjamim, engenheiro geotécnico.

 

Vinicius destaca que os geotêxteis, tecidos e não tecidos, são os elementos mais utilizados para esta aplicação. “O geotêxtil tecido está sendo mais utilizado atualmente, pois possui um preço mais baixo, quando comparado com um geotêxtil não tecido, com a mesma resistência à tração. Por outro lado, o geotêxtil não tecido possui uma maior permeabilidade, devendo ser analisado em projeto quais as propriedades mais relevantes a serem consideradas para esses geossintéticos”, diz.

 

Com relação à granulometria do solo a ser lançado sobre o geotêxtil, o engenheiro destaca que o recomendável é a utilização de um material granular, podendo ser uma areia grossa, pedrisco ou brita. “A união dos geossintéticos com esta camada granular, é o que se conhece na engenharia como aterro de conquista”, afirma.

 

O especialista informa ainda que, como produto final, esse aterro de conquista também pode ser utilizado como colchão drenante, pois possui uma alta permeabilidade e acaba sendo utilizado por muitas vezes em obras de aceleração de recalques, com o uso de geodrenos e aterros de sobrecarga.

 

“Esse aterro de conquista, quando acabado, permite o tráfego de máquinas pesadas, como equipamentos para a cravação de geodrenos e colunas de brita”, afirma. De acordo com Vinicius Benjamim, a instalação do geotêxtil é bem simples, sendo necessário apenas a remoção da vegetação do local, a abertura e a instalação do geotêxtil e, por fim, o lançamento do material granular.

 

“A espessura da camada de material granular depende das especificações de projeto, como também das condições do solo mole, pois em casos em que o material de fundação é bem fraco, se faz necessária a utilização de uma espessura maior de solo”, explica.

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BASETRAC WOVEN

 

Para estradas de serviço temporárias em geral, o geotêxtil tecido bidirecional de polipropileno Basetrac Woven, desenvolvido pela HUESKER, representa uma solução eficaz para a estabilização das camadas de base de pavimentos em aterros de conquista.

 

Com alto módulo de rigidez inicial, elevada permeabilidade, durabilidade, forte resistência à tração na ruptura, é flexível e fácil de instalar. Balanceado em todos os sentidos e direções, sua distribuição de poros é melhor do que a dos tecidos convencionais de tela quadrada (tipo sacaria), pois combina propriedades de elevada permeabilidade com pequenas aberturas de poros.

 

No mercado, esse geotêxtil tecido se destaca, dentre outros fatores, por apresentar melhor custo-benefício e praticidade de aplicação.

 

“Basetrac Woven é uma excelente solução custo-benefício na execução de aterros sobre solo mole. Tem como funções principais a separação e o reforço construtivo, associado à facilidade de instalação. Também permite menor consumo de material natural resultando diminuição de custos, e contribue na qualidade da execução do aterro e da sustentabilidade da obra”, explica José Renato Pandolpho, diretor técnico-comercial da HUESKER Brasil.

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