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Pesquisas desenvolvidas com geossintéticos na UENF

Professor Paulo Maia comenta os estudos e a importância do incentivo das empresas

Os geossintéticos revolucionaram diversos aspectos de projetos e construções em obras geotécnicas e em todas áreas da engenharia. Estudos realizados nas principais instituições de ensino do país contribuem para o desenvolvimento de técnicas e de novas metodologias.

 

Desde a sua entrada na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), em 2001, o professor Paulo Maia se dedica aos estudos com geossintéticos. Entre as principais linhas de pesquisas desenvolvidas por seus alunos na instituição, o professor destaca aqueles que tratam da durabilidade de geossintéticos. “Tenho uma forte linha de pesquisa que trata da durabilidade de geossintéticos.

 

Nesse tema, nós produzimos várias pesquisas, envolvendo alunos de doutorado, mestrado, iniciação científica e até estagiários de nível médio. Estivemos estudando vários assuntos sobre durabilidade dos geossintéticos tecidos, mas, mais recentemente, concluímos uma importante tese de doutorado que trata dos geossintéticos têxteis tubulares aplicados em obras hidráulicas”, comenta Paulo Maia.

 

Outras pesquisas mais recentes na instituição vêm estudando os geossintéticos como reforço de fundações e lastros ferroviários. “Nessas pesquisas, estivemos usando técnicas como solos transparentes, modelos reduzidos com técnicas construtivas e instrumentação inovadoras, e técnicas de modelagem inéditas para simulação de lastros”, afirma.

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APLICAÇÕES REAIS E INOVADORAS

 

O desenvolvimento de pesquisas acrescenta um ganho extraordinário na formação acadêmica do estudante. A partir delas, o aluno adquire maior capacidade de análise e reflexão sobre problemas que poderão surgir no exercício da profissão e em questões sociais.

 

“São as pesquisas que buscam determinar diretamente o comportamento do material sobre condições de solicitação reais ou próximas disso, o que nos sugere boa possibilidade de uso dos resultados nas práticas da engenharia geotécnica”, explica o professor.

 

Além das aplicações reais, a inovação se destaca nos estudos coordenados na UENF. “Essas pesquisas fazem também a observação do comportamento fundamental dos materiais sob condições de ensaios incomuns ou inéditos, o que dá um forte caráter de inovação tecnológica”, complementa.

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UNIVERSIDADE E AS EMPRESAS

 

A parceria entre universidades e empresas é uma alternativa viável, fundamental e promissora, muito comum em países desenvolvidos, uma vez que ambos são beneficiados com os resultados dos estudos.

 

A relação entre a comunidade científica e as empresas possibilita o compartilhamento de experiências entre profissionais e pesquisadores, além do fornecimento de materiais e a aproximação de estudantes com casos reais, nos quais os produtos estudados são efetivamente empregados. Tudo isso contribui para o desenvolvimento de novas soluções e novas formas de aplicação.

 

No Brasil, muitas empresas consolidadas acreditam e investem no conhecimento desenvolvido dentro das instituições, que desenvolvem inovações para diversos setores.

 

“O apoio das empresas é fundamental. A Universidade por si só não consegue gerar condições de apoio ou fomento nos níveis que essas pesquisas exigem. Inclusive, a velocidade com que a Universidade é capaz de fomentar uma pesquisa é consideravelmente menor que a velocidade da indústria de geossintéticos é capaz de gerar novas técnicas e produtos”, finaliza Paulo Maia.

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