#NOTA TÉCNICA

 

SoilTain®: Recomendações de empilhamento

SoilTain

1. INFORMAÇÕES GERAIS

 

Esta recomendação fornece instruções genéricas para o empilhamento de tubos geossintéticos utilizados para dessecar lamas ou sedimentos marinhos. Os procedimentos e cuidados com o empilhamento aqui descritos estão relacionados a instalação e preenchimento de tubos SoilTain® em duas ou mais camadas.

 

Devido a possibilidade de existirem condições específicas atreladas a cada local e situação de dessecagem, procedimentos de instalação alternativos podem se fazer necessários. Portanto, estas recomendações técnicas devem ser entendidas como uma diretriz geral e genérica para o empilhamento de tubos de dessecagem em geossintéticos. Os contratantes devem, portanto, incorporar os princípios gerais descritos aqui em uma declaração de método específica do projeto. As outras diretrizes e materiais de consulta fornecidas pela HUESKER devem ser consideradas.

 

Essa nota não aborda assuntos referentes a dosagem e a mistura do polímero. A quantidade correta de polímeros e os polímeros apropriados devem ser determinados antes de se iniciarem os preenchimentos dos tubos para dessecagem. O sistema de dosagem deve ser projetado especificamente de acordo com os requisitos do projeto.

 

2. PADRÃO DE EMPILHAMENTO

 

No caso de uma instalação de tubos em várias camadas, o chamado “empilhamento", um padrão de instalação piramidal deve ser aplicado. O número de tubos instalados em uma camada superior é, em princípio, um a menos do que o número de tubos para a camada inferior (veja a Figura 1). Além disso, os tubos superiores devem ser encurtados (normalmente por 5m em comparação com os tubos do nível inferior) para evitar o rolamento. Um padrão típico de empilhamento é mostrado nas figuras esquemáticas a seguir.

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Figura 1: Padrão típico de empilhamento, em forma piramidal (vista superior)

 

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Figura 2: Vista transversal esquemática do primeiro nível (base)

 

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Figura 3: Vista transversal esquemática do primeiro nível (base) e segundo nível

 

Dependendo das características do lodo e das condições do projeto, os tubos podem ser empilhados em várias camadas. Os tubos de cada camada devem ser preenchidos de tal modo que atinjam o mesmo nível, garantindo assim uma plataforma nivelada para a instalação do nível subsequente de tubos geossintéticos. A irregularidade pode causar tombamento ou a rolagem dos tubos a serem instalados.

 

3. CUIDADOS

 

Para formar uma base sólida para o empilhamento de tubos geossintéticos, os tubos devem ser posicionados sobrepostos, de tal forma que quando cheios fiquem justapostos, pressionando o tubo subsequente. Se este critério não for atendido, o empilhamento de tubos não é recomendado.

 

Um vão contínuo entre tubos geossintéticos não é aceitável, porém, pequenas folgas, entalhes em “V”, serão normalmente observados. Estes entalhes em “V” podem ser preenchidos pelo tubo superior (devendo atender a "ALTURA MÁXIMA DE PREENCHIMENTO") ou por outro material, visando-se aumentar o suporte de fundo/base dos tubos superiores (Ex.: Feno/Palha, Sacos de areia/terra, etc.) como mostra a Figura 5.

SoilTain
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Figura 4: Tubos justapostos uns contra os outros, formando uma base sólida para o empilhamento

Figura 5: Feno sendo utilizado para preencher os entalhes em “V”, melhorando a base para o recebimento do segundo nível ou nível subsequente.

4. MOMENTO DE INSTALAÇÃO DE UMA CAMADA ADICIONAL (SUPERIOR)

 

Dependendo das características do lodo de preenchimento e do comportamento de dessecagem dos tubos, o período entre o fim do processo de preenchimento dos tubos inferiores e a colocação/instalação dos tubos superiores pode variar. No entanto, em princípio, o material dessecado dentro dos tubos do nível inferior deve exibir/desenvolver uma resistência ao cisalhamento suficiente para o suporte dos tubos do nível superior. Normalmente estes parâmetros são alcançados em uma média de 30 dias após o último preenchimento, quando alcançam teores de sólidos médios superiores a 25%.

 

5. ALTURA MÁXIMA DE PREENCHIMENTO

 

A altura máxima de preenchimento permitida deverá ser respeitada sob qualquer condição, e é destacada na parte superior de cada módulo enviado ao cliente. Atenção especial deve ser dada às camadas adicionais de empilhamento, onde a definição de altura máxima de preenchimento muda em relação a definição padrão. A altura de preenchimento máxima admissível para tubos em níveis adicionais de empilhamento passa a ser como ilustrado na Figura 6.

 

6. RECOMENDAÇÕES NO PREENCHIMENTO

 

Todos os mangotes e suas fixações nos bocais devem ser protegidas e monitoradas afim de evitar danos mecânicos (romper e/ou rasgar) nos tubos quando do seu abastecimento.

 

O primeiro preenchimento em tubos que estejam dispostos em camadas superiores, devem ser efetuados respeitando algumas considerações:

 

1 - A alimentação deverá acontecer em baixas vazões (preferencialmente metade da vazão prevista em projeto);

2 - A altura deste preenchimento não deve ultrapassar a ¼ da altura máxima de preenchimento permitida;

3 - A dessecagem para este preenchimento deve acontecer de forma a criar uma base densa e criar condições de estabilizar o módulo em questão;

4- As pequenas alças dispostas nos módulos são única e exclusivamente para posicionamento, não sendo recomendada a sua utilização para ancoragem e/ou fixação, e devem permanecer livres durante o processo de preenchimento. ( Figura 7)

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Figura 6: Definição da altura máxima de preenchimento em níveis superiores.

Figura 7: Base densa na parte inferior interna do tubo geossintético.

Ciclos de preenchimentos subsequentes

 

1 - Os preenchimentos subsequentes ao primeiro devem ser efetuados de forma a manter a estabilidade geral do módulo, portanto, devem ser observados os possíveis deslocamentos e em caso de movimentação devem ser paralisados imediatamente.

 

2 - Em caso de necessidade, é importante prever a colocação de sacaria e/ou barreira perimetral para garantir o posicionamento do tubo mediante seus ciclos de preenchimento, quando não existirem contenções/tubos laterais (Figura 8).

 

É recomendado que um planejamento, disposição e sequência de preenchimento devem fazer parte de um projeto detalhado quando um controle se fizer necessário.

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Figura 8: Esquemático de sacaria e/ou barreira perimetral para conferir estabilidade

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